sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Roller

Diferentes dias, diferentes pensamentos, diferentes pessoas, diferentes diferenças... Nunca simpatizei com insetos; borboletas, mariposas, etc. Mas metamorfose não é ruim: ficar algum tempo isenta de luz, conversas, ignorâncias, opiniões diferentes. Eu já fiquei, mas não o tempo necessário para ser outra esteticamente, apenas aprimorei meus pensamentos e pelo menos agora eu consigo entender um pouco de mim.

Para analisar que os psicanalistas são pagos, talvez precisemos apenas assumir certo erro para a culpa sumir e tal erro evaporar e ao contrário da chuva nunca mais cair. Ou talvez assumindo seria um jeito de fazê-lo verdade mesmo não sendo. A verdade é o que acreditamos, não importa se verdadeira ou não. Então isso me perseguiria para o resto de minha até então chamada de "vida" na Terra.

Descobri que eu invejei o nada até agora: liberdade eu tenho; posso dançar, rir, sair, etc. Nasci ótima como todas as crianças saudáveis. Desde pequena com lacunas à serem preenchidas com respostas que há 15 anos não existem, talvez tenha existido em alguma frequência e eu não tenha notado, talvez a resposta esteja aqui ou em qualquer lugar em que eu me mova.

Olho para todos os lados, agora, aqui, em frente ao mar ou até mesmo minha perna movendo-se incessantemente com as rodas no chão, talvez minha mão escrevendo, transferindo minhas ideias vagarosamente eternize-se em algum universo e fique repetindo infinitamente. Assim os próximos segundos ficariam presos em outra frequência, todos os segundos se ligariam para formar o que eu vivo. Eu seria uma simples ligação de segundos repetindo infinitamente.

Talvez em algumas dessas dimensões eu esteja sendo feliz agora, talvez eu esteja pensando o que quero pensar agora, não por querer mas por instinto.

As consequências do que é errado não são fáceis justamente porque todos pensam que é errado. Certo..? Errado..? Como dizer o que é o que? Para mim o certo e o errado não existem porque todo ato tem uma consequência e isso vai ser primordial. Para explicar tudo isso; temos o nome DESTINO.

Acredito que meus segundos futuros já estão feitos, em outra dimensão, ou a explicação que causaria menos indignação seria que isso é chamado de tempo. Não podemos apagá-lo, e os momentos são imortalizados em nossa memória, sendo revividos incontavelmente. Até quando isso parar, ou talvez não...

Minha vida acabou de ser testada, estou bem; nada fugiu do controle nem de suas coleiras.

Continuo viva, pouco em frente ao mar, pouco na calçada, vou deixando meus pedaços imaginários na cidade e na memória de pessoas. Transparente como água.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Cátions, ânions e eu.

O problema em ser um ânion é não poder ser um cátion.

Ânions são preguiçosos, não menos importantes, mas permanecem imóveis, passivos, inexpressivos. Não fazer nada me causa dor, fere minha mente como um zumbido em meus ouvidos. Não tenho tempo de conversar então eu só leio e escrevo, ninguém que valha a pena ouvir o que eu tenho à falar se importa ao menos.

Egoísmo, egocentrismo, qualquer denominação se encaixa. Hoje e sempre o atraso me perseguindo e armando emboscadas para voltar a meus "primeiros" conceitos.

Enquanto tudo é tão errado; Ânion e cátion, rosa e azul, preto e branco. Eu só queria ter uma ligação covalente.

Compartilhar de um mesmo elétron, compartilhando algo instável. Os dois átomos precisam de alguma coisa, ajuda e recebe ajuda; não por egoísmo, sim porque é inevitável como imãs em pólos diferentes se atraem e imãs de pólos iguais se estanham.

Não precisa ser certo, não precisa ser bom. As mãos que do pecado desfrutam, do pecado vivem e do pecado escrevem continuam aqui.

Pessoas desconhecidas com ideias escritas em suas frontes. Eu não sou vidente, sou apenas eu! Entenda.

A decadência veio me buscar e estou tentando resistí-la. Passeando entre sensações erradas, não preciso culpar mais ninguém.

Não quero ir, mas tenho.

Infelizmente eu sou assim e continuo feliz.

O sofrimento de quando penso é muito maior que qualquer ignorância. As gotas caem, palavras torpes por todos os lados. Detectar estupidez não me faz menos estúpida, nem mais feliz, nem menos morta...

É só fechar a porta quando sair. Se eu não estivesse enraizada, acompanharia até o fim. Se terminasse...

Continuo aqui, depois de muito tempo a inspiração volta derrepente como se fosse o primeiro texto.

Continuo aqui, com mesmas ideias apenas expressadas de outras formas.

O problema em ser você: é não entender o que eu escrevo da forma certa... Porque só eu sei o quanto é difícil, mesmo sendo fácil.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Aproximação.

Vocês não são frutos da minha imaginação, sim do meu ponto de vista. Eu observo e julgo mentalmente qualquer coisa e ninguém nunca descobrirá ninguém está me vendo agora. O que me condenará será minha consciência. APENAS.

O que para você é importante? Eu estou familiarizada em esconder segredos, de você, de mim... Ninguém me conhece mesmo eu contando tudo entrelinhas. Parabéns! Minha inexpressividade é tão expressiva que todos vão até o ponto principal: quando os importantes são só os detalhes.

Detalhes, entrelinhas, idiotices, sinônimos... Tudo isso talvez não tenha propósito. Eu erro, mas não tanto. Eu sou apenas imortal enquanto estou viva.

Algum planeta invadiu minha órbita sozinha, tamanho invasão que agora não me deixa sentir o que eu quero. Eu preciso sentir aquelas sensações de novo mas não vejo meios.

Descobrir os porquês e dar sentido ás coisas não é uma tarefa fácil para mim, não estou acostumada com o silêncio mental então isso se torna divertido.

Observar, observar, observar...

A paisagem muda a cada dia, não têm animais na minha rua, a neblina cobre tudo... Algo me para prevenir, algo para contaminar?! Nunca sei, queria só um pouco de alguma coisa indefinida para me sentir um pouco mais viva.

Olhando todos, conhecendo todos mesmo com ninguém lembrando de mim. Isso é bom, eu ouço, vejo, imagino; mas, no entanto, ninguém sabe quem eu sou.

Eu só quero sentir a água por aí surgindo, como se não tivesse pressa, como se não se importasse. Só quero sentir minha mente mais leve, meus pensamentos voando, sem hora para tomar consciência ou até mesmo despreocupada com a red pill.

Só quero qualquer que me tire daqui...

Só quero algo para sentir meu corpo melhor, minha mente.

Eu sei que tudo não foi em vão, eu ainda conseguirei o que eu quero e ser diferente não está na lista. Estou me recuperando agora, pensando em coisas divertidas, coloridas... Vejamos o que acontece.

Sou só cheia de dúvidas tentando achar explicações.

Estou aqui, não sumi, não fui sugada, não estou certa.

Estou pensando em morte, em caixão. Na verdade cometendo o pecado de desejá-la para alguém, não vou mais cometer este erro. Se acontecesse ter um escudo para refletir meus desejos como um espelho traiçoeiro, não suportaria a presença de alguns.

Não quero ser mais só uma não quero desejar o mal, não quero ser também. Eu só queria ser normal.

Voltando ao assunto, revisando, a normalidade não me agrada! Eu quero ser eu, o sujo, incerto, inerte, misterioso, pretensioso, luxurioso, inteligente, frio, quente, triste, amargo, sem nexo... Eu quero ser todas as coisas que me tragam pensamentos bons.

Tantas coisas me mantêm viva! Por que um veículo não me atinge? Por que eu não caio de cabeça? Por que eu não estou morta? Porque eu estou viva e mais viva do que nunca, decidida a mudar tudo isso começando por agora.

Outros pontos de vista, não falando sobre morte. Não sei por que, mas acho que ela está próxima, assim como próxima de todas as pessoas que sobrevivem neste lugar sem nexo chamado de Terra.

Estou aqui, acordada enquanto não dormir... Para sempre!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Ice Cream

Eu não estou me enquadrando, eu não estou conseguindo pensar muito em assuntos diferentes.

Minhas noites continuam sendo longas e obtenho muito progresso. Não terei ninguém em casa, poderei pensar livremente pelo sofá, estender meu corpo e então desligar a minha mente, sem receios, sem medos, o momento em que não pensamos em nada, o momento em que não conseguimos isso virá em breve e eu ficarei feliz mais uma vez.

Ice Cream, eu estou mesmo tendo muito progresso... Ou melhor, o meu progresso é natural, natureza, instinto, algo selvagem, indominável que sempre esteve ali e eu ignorei. Talvez o problema seja que coisas normais não me agradam, ou me agradam em demasia. Estou virando normal com anormalidades.

"[...] A morte talvez seja um sonho bom e que o medo tome ao pensar em despertar, igual ao conceito de morte para quem vive. Ou talvez a morte seja puro sonho, misturado com a incerteza do despertar. Despertar então seria a pior coisa, ou talvez, a melhor."

O salário do pecado é a morte.

A morte seria o fim da esperança, o fim das boas e más sensações. O fim do que faço. O fim das escritas cheias de felicidade transformada em dor.

Esse seria o meu salário.