Eu acredito que se eu pudesse escolher, eu escolheria ver o dia lindo outra vez, ou também fantasiar às custas das fantasias de alguém próximo.
Nunca provei da sinceridade e agora vejo que ela não foi feita pra mim. Talvez eu tenha provado e sem perceber ela tomou conta de algum espaço dentro de minha “alma”, isso explicaria esse sentimento de culpa. Estou traindo as minhas palavras mentalmente, eu que falei e condenei isso.
Pode ser um erro, amor não é; só pode ser capricho. O gramado do vizinho sempre foi menos verde que o meu, mas agora, vejo parasitas em meu gramado o sugando a vida, o sugando a razão, o sugando os princípios.
Eu precisava de uma colher de açúcar, eu precisava, eu implorava... Talvez eu esteja sentindo isso pela solidão, pela dificuldade, pela diversão, pela simplicidade; ou por ser apenas mais do que uma colher de açúcar, a morfina que amortece minhas feridas, a imaginação de dias que passam em segundos. Eu não quero aprender a ser mesquinha e amarga, quero ser doce como a colher de açúcar que estou escolhendo nesse segundo sem levar em consideração a diabetes que toma conta do meu cérebro.
Estou acostumada com amores platônicos, mas este eu posso fazer real. Só preciso decidir se isso é um capricho e se eu estou pronta para destruir minha imagem e o “coração” de algumas pessoas. Eu sou egoísta! Cheguei a esta conclusão avaliando meu comportamento e ficando enciumada por algo que não me pertence.
Isso não é amor, nem paixão... Isso é só carência, é a ilusão de sempre ter os outros em minhas mãos sumindo, é um corte em meu ego que sangra em forma de lágrimas que caem de meus olhos.
Entre o fácil e o difícil eu sempre escolho o degradante, o venenoso, o doloroso. Talvez porque as amizades são talvez porque assim elas deveriam ser.
É sempre mórbido, surdo, abafado. Os gritos que só os meus travisseiros escutam e as lágrimas que só eles conhecem algum dia me farão feliz, não por capricho, não por carência, mas, por amor.
Os meus sonhos, são “sonhos” até que executados, depois se tornam um horrível pesadelo. Sempre foi assim, sempre será? A resposta eu não sei, só sei que o que eu sinto dói em um sorriso falso estampado em meu rosto, entre incentivos amenos que escondem a raiva do meu ego.
Agora meu sonho tem sentido, enquanto minha língua é perfurada por meus dentes afiados, apenas por castigo e por falar que nunca beberia desta água que me está entrando pela boca e me refrescando a mente, em forma de vários sinais que gritam incessantemente em nome de minha carência.
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