Hoje me chamaram louca enquanto a chuva, ela caia lá fora... Em uma semana, fui do luxo ao lixo e do lixo a ao luxo. Sonhos lembrados, novos sonhos surgindo e posso dizer que a cabeça que explode possui os melhores pensamentos. A cabeça que explode sempre é mais estimada, porque nem as cinzas são distinguidas. O que vai sempre é mais valioso, mas não nesse caso.
Cansei das coisas que me aceleravam o coração, cansei de escutar vozes da lã, cansei de ser dominada pelo 2º cérebro. Na verdade, nunca fui completamente irracional, sempre tinha alguma parte vagalumiando.
Sinto que esse é o fim e o começo do efeito da redpill, minha escrita está limitada e meu cérebro cheio de números... Quanto vale a paz? Vale menos que minha curiosidade, vale menos que a dominação de teorias intermináveis... Vale menos que o amor pelo desamor.
Pela primeira vez, as palavras não fluem... Pela primeira vez eu quero mergulhar em um poço onde não existe nada disso aqui.
O efeito da redpill corre pelas minhas veias, por todos os meus neurônios até. Sinto a dor em forma de lágrima que não cai, do sorriso que não abre, das unhas sem pintar, dos olhos que não se fecham, dos braços que não querem deixar. Sinto dor em forma do oi com dentes falsos, da falsa não-percepção, da chuva que já evaporou pra cair hoje e que já evaporou novamente.
Perdi todas as minhas conjunções, minhas palavras difíceis e meu poder de encantar escrevendo. Agora o que vejo é um rosto vazio, um sorriso separado, uns olhos encantadores. Porque mesmo estando sei esse poder de descrever coisas naturais em poesia, eu não perdi o poder de admirar o espelho porque ele reflete a minha imagem...
Talvez essa seja a primeira das últimas lamentações, ou até mesmo a última delas. Cansei da vida de lamentações e de letras desenhadas... Cansei da vida de homo sapiens sapiens sapiens sapiens, sapies.
Meu voo 815 não caiu... E é, talvez eu seja louca.
P.S.: Texto sem correção.
sábado, 8 de maio de 2010
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