Histórias surreais continuam apenas em minha mente, porque ninguém é tão forte para entender, nem tão fraco para deixar passar. Os erros de português estão ficando mais presentes, assim como meu desinteresse em tudo...
Os sorrisos que compram e sofrem... Os sorrisos apertados e programados milimétricamente estão por todos os lugares, sorrindo em sangue. O céu é um desafio a cada dia! As nuvens negras deixam tudo como deveria ser, deixam tudo da cor das tempestades.
O meu peixe imaginário continua no aquário, aonde o prendo e tiro sua inocente liberdade... Aonde escrevo seu destino, aonde assisto suas nadadeiras mudarem de cor e despedaçarem-se por todo aquário... Meus olhos piscam vagarosamente, como se estivesse entrando em transe assim como aquela vez em que do meu corpo saí por instantes. Queria que fosse verdade. Queria voltar o tempo alguns segundos para ter capacidade de escrever algo melhor, porque pela primeira vez eu estou com medo de tudo! Medo que tudo se vire contra mim, medo que meu anjo vá embora, medo que o que era bom se transforme em um demônio urbano; feito de tudo o que tenho vontade de fazer.
A cor verde é uma ilusão, deve ter algum significado... Tudo deve ter algum significado, mas eu não estou interessada agora.
Talvez eu seja apenas mais uma alma pintada no Jardim das Delícias Terrenas... Eu quero um jardim só meu, quero poder mexer minhas bonecas e formar destinos diferentes. Uma boneca de porcelana, com bochechas coradas e um olhar intimidador, que ao mesmo tempo que transmite inocência te causa medo... Uma boneca com o rosto demoníaco, com o rosto pintado como a perfeição renascentista.
Tenho medo da autoconfiança, mas não tenho medo da chuva. O que eu mais queria agora era sair daqui e esperar as gotas caírem em meu corpo monocromático, esperar as lágrimas divinas me purificarem e apenas sorrir um sorriso que não foi comprado, não foi modificado...
Faço coleção de sorrisos alheios, e a coleção está cada vez maior. E eu não consigo esperar. Não consigo planejar minhas horas futuras, mas o que estarei fazendo a dez anos.
Tenho pavor e curiosidade de ver uma boneca de porcelana quebrando, em pedacinhos assimétricos... Foi planejado por mãos humanas e pecadoras... Foi planejado por todos que pensam que veem a verdade, que queimam bonecas de porcelana em uma fogueira esperando que isso tire os espíritos maus que no mundo inteiro residem.
Os espíritos maus, são aqueles que se fingem de bons e enganam a todos. São os que falam corretamente e são preconceituosos, são os que fazem lavagem cerebral te induzindo à morte. É o que minha falta de expressão vai causar daqui a pouco...
Ainda sou eu, mas parei de procurar e esperar. Estou deixando passar tudo, enquanto eu fico no mesmo lugar enquanto eu fico planejando meu jardim que nunca existirá; enquanto planejo homenagens sem fundamento; enquanto guardo segredos sagrados...
É bom saber que eu vivo em uma obra de arte.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
domingo, 3 de janeiro de 2010
Traição.
Bem vindo ao clube, aonde a água desce arranhando o exôfago e a preocupação é maior do que todas as coisas... Bem vindo ao clube aonde a preocupação arranha e o tratamento como opção satisfaz apenas momentaneamente...
Vejo meu café se transformando em água e a minha madrugada se transformando em fim de tarde; vejo o que era bom se tornando mau e o que era insignificante, tornando-se traição. O que é traição? Minha mão pesada faz par com minha consciência, mas até quando andarei com o sorriso no rosto? Até que ponto é traição?
Traição... Trair... Até o amor é vulnerável, ou talvez a vulnerabilidade esteja tatuada na palavra amor. Amor, talvez nunca acabe; mas o esquecimento é a parte vulnerável. Talvez eu seja um cavalo de Tróia já que minha mão está balançando o berço e criando metáforas... Minha mão está desejando o que não é meu a todo instante.
Até aonde vai o desejo que não sinto? Até aonde vai a verdade que não sabem? Até aonde trair tem sentido?
Traição por falar as palavras que quer ouvir, e ter ouvidos crédulos; traição por falar que queres ouvir o que realmente quer ouvir; traição por ter acreditado na mentira que seria verdade se eu não existisse.
Traímos as nossas verdades todo o tempo, negando, omitindo, querendo que não seja verdade... Mas até que ponto as mentiras existem? Se você pudesse estar com qualquer pessoa agora, você escolheria a mentira; escolheria continuar com um jogo infantil enquanto te enganam... A mentira talvez seja prazerosa, pois viver uma ilusão é bem melhor que sentir o sangue que dos olhos quer escorrer, e das lembranças da vida que você poderia viver.
Eu não me arrependo, porque talvez tudo o que eu realmente quisesse, fosse apenas atenção... Talvez seja o verão ou o inverno. Talvez a perdição reflita em olhos que olho.
Prefiro o meu mundo de "talvez" duvidoso, talvez verdadeiro... Do que um mundo de pessoas insubstituíveis que te substituem ocultamente.
Talvez seja por isso que eu tenho dificuldade em dizer as palavras que expressam os sentimentos que deveriam ser os mais bonitos. Ainda tenho minhas dúvidas... Ainda tenho tudo o que eu tinha antes. E agora decidi que elas serão em breve destruídas.
Talvez seja por isso que eu quero ser psiquiatra, para fazer auto lavagem cerebral, selecionando assim só os sentimentos e sensações que não traiam umas as outras.
Talvez aprender a falar eu te amo seja apenas um detalhe dispensável, porque quando realmente demonstramos o que sentimos o muro do respeito desaba, permitindo assim a criação de situações propícias à muitas traições.
Tenho ciúmes das minhas músicas e das minhas ideias... Tenho ciumes do que eu faço, mas... Até aonde posso levar isso em consideração? As pessoas me traem em todos os momentos, e é por isso que eu vou parar de negar meus nomes.
Meu nome é... Giovanna, mas talvez esse não seja apenas meu nome. Talvez seja um esconderijo para tudo o que eu sinto porque um dia vi e por tudo que vejo por que um dia senti.
Vejo meu café se transformando em água e a minha madrugada se transformando em fim de tarde; vejo o que era bom se tornando mau e o que era insignificante, tornando-se traição. O que é traição? Minha mão pesada faz par com minha consciência, mas até quando andarei com o sorriso no rosto? Até que ponto é traição?
Traição... Trair... Até o amor é vulnerável, ou talvez a vulnerabilidade esteja tatuada na palavra amor. Amor, talvez nunca acabe; mas o esquecimento é a parte vulnerável. Talvez eu seja um cavalo de Tróia já que minha mão está balançando o berço e criando metáforas... Minha mão está desejando o que não é meu a todo instante.
Até aonde vai o desejo que não sinto? Até aonde vai a verdade que não sabem? Até aonde trair tem sentido?
Traição por falar as palavras que quer ouvir, e ter ouvidos crédulos; traição por falar que queres ouvir o que realmente quer ouvir; traição por ter acreditado na mentira que seria verdade se eu não existisse.
Traímos as nossas verdades todo o tempo, negando, omitindo, querendo que não seja verdade... Mas até que ponto as mentiras existem? Se você pudesse estar com qualquer pessoa agora, você escolheria a mentira; escolheria continuar com um jogo infantil enquanto te enganam... A mentira talvez seja prazerosa, pois viver uma ilusão é bem melhor que sentir o sangue que dos olhos quer escorrer, e das lembranças da vida que você poderia viver.
Eu não me arrependo, porque talvez tudo o que eu realmente quisesse, fosse apenas atenção... Talvez seja o verão ou o inverno. Talvez a perdição reflita em olhos que olho.
Prefiro o meu mundo de "talvez" duvidoso, talvez verdadeiro... Do que um mundo de pessoas insubstituíveis que te substituem ocultamente.
Talvez seja por isso que eu tenho dificuldade em dizer as palavras que expressam os sentimentos que deveriam ser os mais bonitos. Ainda tenho minhas dúvidas... Ainda tenho tudo o que eu tinha antes. E agora decidi que elas serão em breve destruídas.
Talvez seja por isso que eu quero ser psiquiatra, para fazer auto lavagem cerebral, selecionando assim só os sentimentos e sensações que não traiam umas as outras.
Talvez aprender a falar eu te amo seja apenas um detalhe dispensável, porque quando realmente demonstramos o que sentimos o muro do respeito desaba, permitindo assim a criação de situações propícias à muitas traições.
Tenho ciúmes das minhas músicas e das minhas ideias... Tenho ciumes do que eu faço, mas... Até aonde posso levar isso em consideração? As pessoas me traem em todos os momentos, e é por isso que eu vou parar de negar meus nomes.
Meu nome é... Giovanna, mas talvez esse não seja apenas meu nome. Talvez seja um esconderijo para tudo o que eu sinto porque um dia vi e por tudo que vejo por que um dia senti.
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