Bem vindo ao clube, aonde a água desce arranhando o exôfago e a preocupação é maior do que todas as coisas... Bem vindo ao clube aonde a preocupação arranha e o tratamento como opção satisfaz apenas momentaneamente...
Vejo meu café se transformando em água e a minha madrugada se transformando em fim de tarde; vejo o que era bom se tornando mau e o que era insignificante, tornando-se traição. O que é traição? Minha mão pesada faz par com minha consciência, mas até quando andarei com o sorriso no rosto? Até que ponto é traição?
Traição... Trair... Até o amor é vulnerável, ou talvez a vulnerabilidade esteja tatuada na palavra amor. Amor, talvez nunca acabe; mas o esquecimento é a parte vulnerável. Talvez eu seja um cavalo de Tróia já que minha mão está balançando o berço e criando metáforas... Minha mão está desejando o que não é meu a todo instante.
Até aonde vai o desejo que não sinto? Até aonde vai a verdade que não sabem? Até aonde trair tem sentido?
Traição por falar as palavras que quer ouvir, e ter ouvidos crédulos; traição por falar que queres ouvir o que realmente quer ouvir; traição por ter acreditado na mentira que seria verdade se eu não existisse.
Traímos as nossas verdades todo o tempo, negando, omitindo, querendo que não seja verdade... Mas até que ponto as mentiras existem? Se você pudesse estar com qualquer pessoa agora, você escolheria a mentira; escolheria continuar com um jogo infantil enquanto te enganam... A mentira talvez seja prazerosa, pois viver uma ilusão é bem melhor que sentir o sangue que dos olhos quer escorrer, e das lembranças da vida que você poderia viver.
Eu não me arrependo, porque talvez tudo o que eu realmente quisesse, fosse apenas atenção... Talvez seja o verão ou o inverno. Talvez a perdição reflita em olhos que olho.
Prefiro o meu mundo de "talvez" duvidoso, talvez verdadeiro... Do que um mundo de pessoas insubstituíveis que te substituem ocultamente.
Talvez seja por isso que eu tenho dificuldade em dizer as palavras que expressam os sentimentos que deveriam ser os mais bonitos. Ainda tenho minhas dúvidas... Ainda tenho tudo o que eu tinha antes. E agora decidi que elas serão em breve destruídas.
Talvez seja por isso que eu quero ser psiquiatra, para fazer auto lavagem cerebral, selecionando assim só os sentimentos e sensações que não traiam umas as outras.
Talvez aprender a falar eu te amo seja apenas um detalhe dispensável, porque quando realmente demonstramos o que sentimos o muro do respeito desaba, permitindo assim a criação de situações propícias à muitas traições.
Tenho ciúmes das minhas músicas e das minhas ideias... Tenho ciumes do que eu faço, mas... Até aonde posso levar isso em consideração? As pessoas me traem em todos os momentos, e é por isso que eu vou parar de negar meus nomes.
Meu nome é... Giovanna, mas talvez esse não seja apenas meu nome. Talvez seja um esconderijo para tudo o que eu sinto porque um dia vi e por tudo que vejo por que um dia senti.
domingo, 3 de janeiro de 2010
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